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sexta-feira, agosto 29, 2003

A Madeira é um Jardim, mas Estrasburgo ainda não

O Jardim da Madeira não vai a comissário europeu. Quem o garante é fonte anónima do PSD, à falta de fonte assumida, disponível para a imolação da praxe.
Eu assumo-me! Não vou a ministro da República! E não é por déficit de perfil, já que sou dotado de vincada proeminência nasal. Será até por isso que me cheira mal a alternativa escolhida para o monarca ilhéu: reforma dourada, no Parlamento Europeu, «para um político com os seus anos de carreira e o seu currículo» Público, 28Ago2003.
Nunca um idiota infundiu tamanho receio, gozou de tal autoridade e cultivou tanto desprezo, retribuído em incondicional vassalagem pela comunidade política do continente.

Coment?rio

quarta-feira, agosto 27, 2003

Náusea

Para um cidadão - nesta categoria de seres os hábitos de leitura da imprensa diária são uma marca definidora - há temas da actualidade que são um vómito: porque a catadupa de novos desenvolvimentos nos deixa tontos, incapazes de a acompanhar; porque aquela vertigem de novas ângulos, controvérsias e disputas nos desviam do essencial, primeiro e nos provocam repulsa permanente, logo a seguir.
Um destes enjoos é gerado pela polémica do novo, ou não tanto assim, Centro Materno-Infantil do Porto, que está-para-ser-mas-já-não-é-mas-poderá-voltar-a-ser instalado no Hospital de S. João. O arena de todas as disputas sediou-se no jornal Público, e só nos últimos quinze dias devem ter-se realizado outras tantas corridas, sendo que o único touro a lidar já terá lidado todas as cabeças pensantes do invicto burgo. E quem arrisca um final para esta festa brava? Será prudente esperar pelas próximas faenas.
Outro assunto vencedor da bolsa de notícias, que os jornais gostam de regurgitar abundantemente, gira à volta do caso da famosa barrinha de Esmoriz, que estamos para saber se estará tão lodosa quanto a política que há volta dela chafurda e se alimenta. A comunicação social, edições de Domingo, 17 de Agosto de 2003, deu notícia de uma conferência de imprensa, convocada pelo ex-ministro da rosa, Cravinho e por uma sua acólita, o tal que, enquanto governante, descobriu a pólvora por diversas vezes - dois exemplos: portagens virtuais, aposta na conclusão da ligação a Valença/Espanha por auto-estrada (um flop até hoje), em detrimento da chegada ao Algarve por idêntico perfil viário e em plena campanha EXPO 98 - e, felizmente para os portugueses, não teve tempo para mais descobertas aeronáuticas e ferroviárias.
Este cínico, servindo-se da proverbial falta de memória popular, vem responsabilizar o actual governo, em gestão há dezasseis meses, por não fazer cumprir um protocolo que visava a despoluição da barrinha de Esmoriz, assinado em Novembro de 2000, mas oculta, deliberadamente, a paternidade política do referido compromisso, bem como a obrigação que os seus correligionários do governo do desértico engenheiro não cumpriram ao longo dos dezassete meses posteriores aquela assinatura e que coincidem com os últimos da regência socialista.
Sem querer, com o que ficou dito, isentar o governo actual de toda a culpa, presente e futura, pela permanência do problema, o que se questiona é a legitimidade de quem a assaca. Tal como nas questões orçamentais graves que legaram aos portugueses do presente e do futuro, estes personagens sinistros, disfarçados de virgens impolutas, guardiãs da moral, persistem, aleivosamente, na censura repetida e ampliada, sustentada no esquecimento colectivo e na tradicional falta de julgamento político consequente e exemplar, ao serviço de uma despudorada e sádica estratégia de reconquista do poder. Assim vai fenecendo a minha já fraca convicção na inevitabilidade democrática portuguesa.

Coment?rio

Adufe vs Carimbo

Há dias atrás, o Adufe e o Carimbo envolveram-se numa polémica acerca do papel desempenhado pelo senhor Presidente da República (PR), no decurso da cerimónia da tomada de posse do novo Chefe de Estado Maior do Exército, na última crise político-militar. O Carimbo queixava-se do favorecimento da oposição - especialmente do PS - que "leu" nos recados do PR; o Adufe respondeu com exemplos do passado, abonatórios da sua tese de actuação presidencial coerente, afastada de conotações político-partidárias.
Assumindo para mim o papel do senhor da toga, com a bíblia numa mão e o martelinho jurisprudencial na outra, peço-lhes que se abstraiam das incidências daquela tomada de posse e me respondam a duas questões: para onde rodou o PR logo a seguir àquela cerimónia? A imprensa noticiou, para além do tique de cobrador de ocultar o itinerário e avisar os presidentes de câmara visitados na iminência da chegada, tudo num secretismo gerido pela Casa Civil como se de "segredo de justiça" se tratasse, o relevante pormenor do caderninho de notas de que o PR se fez acompanhar, para onde terá vertido apontamentos que, supostamente, não servirão de rascunho de capítulo do futuro livro de memórias. Constituiu este pitoresco pormenor uma inovação tardia (para quando um notebook ou um PDA?) e descuidada, do ponto de vista da tal coerência, na actuação presidencial ou encontram-se, no passado, manifestações semelhantes da desconfiança própria na memória em perda?
Das respostas a estas questões depende, em muito, o grau de dificuldade da minha sentença, embora assuma que muito me custará se tiver de vencer uma certa convicção, para o que reclamo a prerrogativa da livre apreciação da prova.
Seria muito útil que os constitucionalistas desenhassem uma solução que implicasse um nexo e uma co-responsabilização entre o resultado da acção política executiva e a função presidencial. Só há um povo para legitimar tanto o governo como o Presidente. Só existe uma ordem jurídica, emanada do executivo (e da AR) e promulgada pelo PR. Na pureza do conceito da separação de poderes só há lugar para três deles. Por que é que nos obrigam a acreditar em duas legitimidades diferentes e na superioridade de uma em relação à outra, apesar da igual dignidade e independência dos órgãos de soberania (esta politicologia bebeu inspiração teológica católica no dogma da Santíssima Trindade)? Por que é que a quebra de legitimidade arrasta consigo exonerações, quedas e dissoluções de certos destes centros de soberania política e respectivos titulares e não produz consequências no outro que com os primeiros foi cúmplice na nomeação e na execução do programa (promulgações)?
Sem solução para o problema da co-responsabilização do PR pelo destino do executivo, através da renovação simultânea das legitimidades (por que não? Então não será desejável, do ponto de vista da aspiração de progresso social e económico do povo, que o governo seja feliz nas opções tomadas no cumprimento do programa que a respeitável maioria de nós sufragou? Não será sadio e sinal de maturidade política que o PR, cuja maioria se esgotou no momento da eleição, assuma os compromissos daquela execução, expressão da vontade popular, até porque não estão outros em causa que justifiquem melhor o carácter sublime da gestão da delegação de soberania?), não haverá paz institucional de cada vez que a coabitação seja a duas ou mais cores e ela será podre sempre que aqueles sejam da mesma família.

Coment?rio

sábado, agosto 02, 2003

Soares, médico

Em entrevista à RDP, Mário Soares referiu-se ao ministro Paulo Portas nestes termos:«está a transformar-se num tumor e os tumores têm de ser extirpados, ou então contaminam o corpo todo».
Não se conhecia, ao Dr. Soares, ciência médica bastante para se atrever a tais diagnósticos. Mas, certamente, beneficiou de conhecimentos induzidos via Cruz Vermelha.
Compreende-se, embutido naquela sentença, o desgosto pela interrupção súbita desta aprendizagem.
Mário Soares sabe do que fala; Portugal já se livrou dele e aparenta estar de boa saúde.

Coment?rio

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